Cirurgia para estenose lombar (canal estreito)
Entenda abaixo como funciona a cirurgia para o canal medular estreito.
Descompressão e artrodese
A estenose lombar é uma condição na qual a medula espinhal e os nervos espinhais que saem da coluna vertebral na região lombar são comprimidos devido à diminuição do espaço no canal espinhal. Isso pode levar a sintomas como dor nas pernas, fraqueza muscular, formigamento e principalmente DIFICULDADE PARA CAMINHAR. Neste caso, cada vezes mais o paciente vai andando com o corpo inclinado para frente e, ao longo dos meses ou anos, vai caminhando cada vez menos.
A cirurgia para estenose lombar pode ser necessária quando os sintomas são graves e não respondem a tratamentos conservadores, como fisioterapia, medicação e repouso. Existem três técnicas cirúrgicas comuns para a estenose lombar: descompressão e artrodese, descompressão foraminal e recesso lateral, e recalibragem do canal. Abaixo, descrevemos a térnica da Descompressão e artrodese:
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Nessa técnica, o cirurgião remove a parte do osso vertebral que está pressionando a medula espinhal e os nervos espinhais com uso de LUPA MICROCIRÚRGICA e instrumentos delicados. Em seguida, uma fusão vertebral é realizada para manter a estabilidade da coluna vertebral. Isso é feito com o uso de hastes metálicas (geralmente Titânio ou Cromocobalto), parafusos e enxerto ósseo. A desvantagem desta técnica é que a fusão vertebral pode limitar parcialmente a flexibilidade da coluna vertebral, porém em geral esta limitação não é significativa quando comparada as limitações causadas ao longo do tempo pela própria doença. Na dúvida, consulte um especialista.
Descompressão foraminal e dos recessos laterais
Nessa técnica, o cirurgião remove a parte do osso vertebral que está pressionando os nervos espinhais na saída da coluna vertebral (forame). Isso é feito sem remover toda a estrutura óssea, o que permite manter a estabilidade da coluna vertebral. Esta técnica é menos invasiva do que a descompressão e artrodese e pode permitir uma recuperação mais rápida.
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A técnica de descompressão foraminal e recesso lateral é uma opção para pacientes que apresentam estenose do canal vertebral lombar com sintomas predominantemente radiculares, ou seja, dor que irradia para as pernas e pés.
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Durante a cirurgia, o cirurgião remove o tecido ósseo e ligamentar que está pressionando a raiz nervosa, criando mais espaço para o nervo. Isso é feito através de uma abordagem minimamente invasiva, e é realizada com auxilio de LUPA MICROCIRÚRGICA.
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Essa técnica tem a vantagem de permitir menos dor pós-operatória, menor tempo de recuperação e menor risco de complicações em comparação com as técnicas mais invasivas, como a descompressão e artrodese. No entanto, é importante ressaltar que nem todos os pacientes são candidatos a essa técnica e a escolha da abordagem cirúrgica mais adequada deve ser feita em conjunto com o cirurgião, levando em consideração as características do paciente e a gravidade do quadro clínico.
Recalibragem do canal
Recalibragem do canal ou TÉCNICA FRANCESA, descrita por Senegas: Nessa técnica, que é minimamente invasiva, o cirurgião remove a parte do osso vertebral que está pressionando a medula espinhal, mas não realiza a fusão vertebral. Isso é feito para restaurar o espaço no canal espinhal e aliviar a pressão sobre a medula espinhal e os nervos espinhais. Esta técnica é menos invasiva do que a descompressão e artrodese, mas não é eficaz no tratamento da instabilidade da coluna vertebral.
O tipo de técnica cirúrgica utilizada depende da gravidade da estenose lombar e da presença de instabilidade da coluna vertebral. O cirurgião de coluna irá avaliar o paciente e determinar qual é a técnica cirúrgica mais adequada para o caso. É importante lembrar que a cirurgia para estenose lombar é um procedimento complexo e que os resultados podem variar de acordo com cada caso.